Vitoriosa a Revolução, tem início a reorganização do Estado. Vargas, presidente provisório, nomeou interventores para os estados-membros. Para quase todos nomeou "tenentes": na Bahia, Juracy Magalhães; em Sergipe, Maynard Gomes; no Distrito Federal, Pedro Ernesto; no Rio Grande do Sul, Flores da Cunha, enquanto que em alguns eram nomeados civis ou confirmados aqueles que tinham tomado posse.
Nem bem assentou a poeira, os derrotados, as oligarquias da República Velha trataram de abandonar suas velhas lideranças e correr para estes novos chefes, principalmente para os "tenentes", a fim de assegurar as suas posições.
Em São Paulo, as forças revolucionárias entraram em conflito. O Partido Democrático, constituído em fevereiro de 1926 por adversários do presidente Washington Luís, chegou a integrar-se à Aliança Liberal nas eleições de 1930 e a preparar a revolução neste estado. Com a vitória do movimento, os democráticos esperavam que o interventor de São Paulo viesse do seu partido e, ainda mais, esperavam "desempenhar um papel de destaque na administração do estado em cooperação com outras correntes reformistas". Mas os líderes revolucionários, principalmente os "tenentes", pensavam diferente. Alegavam que a ação do Partido Democrático, durante o movimento revolucionário, ficara apenas no terreno das palavras e, por esse motivo, opunham-se a entregar o poder estadual aos democráticos ou a qualquer político paulista.
PEREIRA, Marcos Aurélio. Revolução Constitucionalista. Editora do Brasil S/A. 1989.
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