General Isidoro Dias Lopes
Veterano das lutas dos primeiros anos da República no Rio Grande do Sul, o general reformado Isidoro Dias Lopes era dono de grande prestígio popular, em São Paulo, por sua ação no comando da Revolução de 1924, movimento que se encerrou 22 dias após ter sido iniciado, porque os rebeldes decidiram poupar a Capital do bombardeamento de que era ameaçada pelas forças governistas.
(A Revolução de 1924, precursora em seus objetivos da de 1930, pretendia depor o presidente Artur Bernardes, cuja gestão era considerada pelos revolucionários "uma continuação dos governos eivados de vícios que tem dirigido o Brasil nos últimos lustros". Os remanescentes do movimento, após a retirada, dariam origem à Coluna Prestes).
Em fins de 1930, o general Isidoro foi designado para o comando da 2ª Região Militar, cargo do qual seria afastado, meses depois, por seu envolvimento numa frustrada conspiração destinada a depor o interventor João Alberto.
Constituída a Frente Única paulista e lançadas as bases do movimento constitucionalista, foi ele o primeiro chefe militar a engajar-se na conspiração, dedicando-se, em seguida, a um intenso trabalho de arregimentação de adeptos nos meios militares de São Paulo e de outros Estados. Irrompido o levante, entregou o comando ao coronel Euclides Figueiredo, até a chegada do general Klinger, escolhido por ele para o comando geral das forças constitucionalistas.
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo - Quinta - feira, 8/7/1932 - Jornal da Tarde, página 7.
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