Às 21 horas, segundo o Coronel Figueiredo, São Paulo já estava sob o controle dos constitucionalistas. No entanto, duas medidas, de fácil execução, precisaram ser tomadas, com o objetivo de assegurar a vitória do movimento: manter a unidade política do movimento e apossar-se do Quartel-General da 2ª Região Militar. Esta última medida foi executada no mesmo dia. Com o afastamento do Coronel Manuel Rabelo do comando da 2ª RM, assumiu provisoriamente o Coronel Artur Lopes de Castro Pinho, amigo do Coronel Figueiredo. O comandante das forças constitucionalistas persuadiu o amigo a entregar o comando sem resistências, o que de fato ocorreu. Quanto à questão política do movimento, tanto militares como civis concordaram que a permanência do embaixador Pedro de Toledo à frente do governo seria a garantia de uma não ruptura entre as forças políticas (PD e PRP) do movimento. Após relutar um pouco, o interventor Pedro de Toledo aderiu ao movimento e, na tarde do dia 10, enviou um comunicado a Vargas, onde afirmava: "Esgotados todos os meios que ao meu alcance estiveram, para evitar o movimento que acaba de verificar-se na guarnição desta região, ao qual aderiu o povo paulista, não me foi possível caminhar ao revés dos sentimentos do meu Estado. Impossibilitado de continuar a cumprir o mandato (...) venho renunciar ao cargo de Interventor". No dia seguinte, Pedro de Toledo aclamado governador do Estado, assumindo com os líderes do PD e do PRP o comando político do movimento constitucionalista, enquanto o comando militar ficou a cargo do general Bertoldo Klinger, que chegou em São Paulo três dias após ter iniciado o levante.
No mesmo dia em que Pedro de Toledo renunciou à interventoria, o genral Isidoro Dias Lopes e o coronel Euclides Figueiredo lançaram um manifesto assumindo as responsabilidades do movimento e pedindo à população "ordem, serenidade e disciplina".
Fonte: PEREIRA, Marcos Aurélio. Revolução Constitucionalista. Editora do Brasil S/A. 1989.
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