segunda-feira, 9 de julho de 2018

Exposição "1932: A Revolução Paulista" é realizada em Pedreira




Em homenagem aos 86 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, o Museu de Pedreira realiza de 28 de junho a 31 de julho, sob a curadoria de Adílson Spagiari, a Exposição "1932: A Revolução Paulista".
Os visitantes terão a oportunidade de conferir diversas fotografias sobre o movimento que tinha a proposta de derrubar o governo provisório imposto por Getúlio Vargas a partir do golpe de 1930 e a promulgação de uma nova Constituição para o Brasil, além de fotos e documentos, em especial dos combatentes pedreirenses Edu Rossi e Arnaldo Rossi, cedidos especialmente pela família para a exposição.
O confronto começou em 9 de julho, motivo pelo qual nessa data é feriado no Estado de São Paulo e foi até 4 de outubro e atingiu todo o Estado de São Paulo, e Pedreira devido a sua localização na Serra da Mantiqueira foi um dos últimos locais onde os soldados se estabeleceram e montaram suas trincheiras, pois no Morro do Cristo, ainda existem algumas valas que na época da revolução serviram de trincheiras e foram construídas pelos soldados, entre eles, Arnaldo Rossi, Edu Rossi e Guilherme Filipini Junior que provavelmente estiveram sob o comando do Monsenhor Luiz Fernandes de Abreu que foi o oficial de ligação do Batalhão 23 de Maio, visto que no morro há um monumento em homenagem aos combatentes de Pedreira.
"Naquela madrugada do dia 19 de setembro seguiu de Amparo para Pedreira o 14° Comando Gaúcho, com destaque para um esquadrão que foi para o bairro de Entre Montes. Quando foi uma hora da tarde do dia seguinte, dois oficiais constitucionalistas se apresentaram ao PC do batalhão cearense no bairro de Ingatuba com o pedido de suspensão das hostilidades proposta pelo General Klinger, comandante chefe da Revolução, ao governo ditatorial. A mensagem foi assinada pelo Capitão Romão Gomes. O Cel. Eurico Gaspar Dutra, futuro Presidente da República deu como resposta que prosseguiria nas hostilidades atendendo a ordem do general Jorge Pinheiro. No dia seguinte Goes Monteiro transmitiu ao Capitão Lott a ordem de reabrir as hostilidades e o batalhão paraibano alcançou Entre Montes.
Pedreira foi bombardeada pelos "vermelhinhos" ditatoriais, que colocou em pânico a população que deixou a cidade em 14 de setembro. Bombas atingiram casas, dentre essas, uma caiu na sala da casa da família Pires de Ávila, momentos depois dos moradores saírem, tendo a bomba estraçalhado todos os móveis da sala".
Como relatado no trecho acima, por meio de pesquisa realizada pelo Curador da exposição, Pedreira participou com seus soldados e voluntários da resistência paulista à ditadura Vargas.
"Foi um momento de respeito à liberdade, aos direitos e a uma nova Constituição que seria promulgada em 16 de julho de 1934, tendo a sigla MMDC (Martins, Miragaia, Drausio e Camargo), entrado para o cenário da história paulista, visto que em três meses de batalha forma mortos cerca de 830 homens, sendo 630 paulistas", finaliza Spagiari.
A exposição poderá ser conferida de Segunda a Domingo, das 9h às 12h e das 13h às 17h, na Praça Cel. João Pedro, 102.

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