Em homenagem aos 85 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, que será comemorado em 9 de julho, o Museu Histórico e da Porcelana de Pedreira, realiza no período de 3 a 17 de julho, sob a gestão de Adílson Spagiari, a Exposição “Revolução de 1932: 85 anos”.
Na exposição os visitantes terão a oportunidade de conferir diversas fotografias sobre o movimento que tinha a proposta de derrubar o governo provisório imposto por Getúlio Vargas a partir do golpe e 1930 e a promulgação de uma nova Constituição para o Brasil, além de fotos e documentos, em especial dos combatentes pedreirenses Edu Rossi e Arnaldo Rossi, cedidos especialmente pela família para a exposição.
O confronto começou em 9 de julho, e foi até 4 de outubro, atingindo todo o Estado de São Paulo. Pedreira devido a sua localização na Serra da Mantiqueira foi um dos últimos locais onde os soldados se estabeleceram e montaram suas trincheiras, no Complexo Turístico do Morro do Cristo, ainda existem algumas valas que na época da Revolução serviram de trincheiras e foram construídas pelos soldados, entre eles, Arnaldo Rossi, Edu Rossi e Guilherme Filipini Júnior.
Os soldados, entre eles os pedreirenses Arnaldo Rossi, Edu Rossi e Guilherme Filipini, lutaram junto ao Batalhão 23 de Maio. Nesse morro, além das valas há também um monumento em homenagem aos combatentes pedreirenses.
Os combatentes de Pedreira provavelmente estiveram sob o comando do Monsenhor Luiz Fernandes de Abreu, que foi oficial de ligação do Batalhão 23 de Maio. Ele lutou de parabellum em punho e foi aprisionado em Amparo, em 18 de setembro, ficando preso por cinco meses na Ilha das Flores, Rio de Janeiro. O Diário Oficial de 19 de setembro de 1932, registrou que o tenente Carlos Berenhauser, chefe do serviço de Publicidade da 4ª Divisão de Infantaria, recebeu do Serviço de Publicidade da Imprensa Nacional, o telegrama que se segue, transcrito do Diário Oficial da União, de 19/09/1932 p.39, seção 1:
“Itapira, 16 – Urgente – O Estado Maior da 4ª Divisão de Infantaria informa: na frente geral de Campinas o destacamento do coronel Dutra consolidou a conquista da localidade de Pedreira, a doze quilômetros a oeste de Amparo. Nos eixos da via férrea e da rodovia Mogi-Mirim/Campinas, o adversário que, na véspera, se retirara apressadamente para o sul do rio Camanducaia, não mais voltou, mantendo-se também inativo nos demais pontos da frente. Nos outros setores da 4ª Divisão nada houve de notável nas últimas vinte e quatro horas. Um avião inimigo bombardeou, hontem, Pedreira e Amparo, com fracos resultados. Nossos aviões de caça mandados em seu encalço não mais conseguiram encontrá-lo”. Nota-se neste telegrama a confirmação da participação efetiva da cidade de Pedreira na Revolução Constitucionalista e o fato de que anos mais tarde, de 1946 a 1951, o Coronel Dutra (Eurico Gaspar Dutra) viria a ser Presidente da República do Brasil.
A exposição poderá ser conferida de segunda a domingo, das 9h às 12h e das 13h às 17h na Praça Cel. João Pedro, nº 102.
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