sábado, 23 de novembro de 2013

Relatos da História VI

Os líderes paulistas marcaram para 14 de julho a data do início da rebelião contra o Governo Provisório. Contudo a demissão do general Bertoldo Klinger do comando das forças militares sediadas no Mato Grosso, em virtude de um ofício que enviara ao ministro da Guerra negando-lhe obediência, precipitou a eclosão do levante. E, em 9 de julho de 1932, começou a Guerra Civil Paulista. Sob o comando do coronel Euclides Figueiredo, as tropas da Força Pública e do Exército, com o apoio de populares organizados pelo M.M.D.C. (homenagem aos quatro estudantes mortos numa manifestação contra o governo: Cláudio Bueno Miragaia, Mário Martins de Almeida, Dráusio Marcondes de Souza e Américo Camargo de Andrade), dominaram os principais pontos estratégicos da capital paulista. Políticos e militares procuraram o coronel Figueiredo para lhe dar apoio ou anunciar a sua adesão ao movimento.

Fonte: PEREIRA, Marcos Aurélio. Revolução Constitucionalista. Editora do Brasil S/A. 1989.

sábado, 16 de novembro de 2013

Relatos da História V

Em 9 de julho de 1932, Vargas concordou com o último pedido do interventor de São Paulo, Pedro de Toledo, nomeando o general Luís Pereira de Vasconcelos, um militar moderado, para o comando da 2ª Região Militar, em substituição a Manuel Rabelo. O general Góis Monteiro não acreditava num movimento armado por parte de São Paulo contra o Governo Provisório. Vargas havia feito todas as concessões: os paulistas queriam um interventor civil e paulista?! Vargas nomeou o embaixador Pedro de Toledo. Queriam um secretariado do comando da 2ª R.M. o coronel Manuel Rabelo. Mesmo assim, o general colocou a 1ª Região Militar em estado de alerta.

Fonte: PEREIRA, Marcos Aurélio. Revolução Constitucionalista. Editora do Brasil S/A. 1989.

sábado, 9 de novembro de 2013

Relatos da História IV

A demissão de Laudo de Camargo, em 13 de novembro de 1931, levou a oposição paulista, que até então fizera ataques somente aos "tenentes", a criticar o próprio Vargas.
No entanto, Vargas continuou a manter uma postura ambígua. Não se opunha à reconstitucionalização do país, defendida também pelos seus aliados políticos do Rio Grande do Sul, cujo objetivo imediato era deter o avanço dos "tenentes", uma vez que representavam um perigo de derrubada das suas bases políticas; mas, no segundo semestre de 1931, nomeava novos interventores para vários estados, na sua maioria "tenentes". O próprio Vargas justificou, em carta dirigida a Flores da Cunha, o porquê da nomeação dos "tenentes"; achava-os "idealistas e ilustrados", que, "não pretendendo permanecer no poder, nem pleitear eleições, despreocupavam-se de criar clientelas políticas e visavam somente administrar e restringir despesas". Não era sem razão a aliança de Vargas com os "tenentes", ambos eram favoráveis à permanência da ditadura a fim de efetivar as reformas iniciadas pelo movimento de 30 para, somente depois, realizar uma consulta popular.

Fonte: Pereira, Marcos Aurélio. Revolução Constitucionalista. Editora do Brasil S/A. 1989.